1/10/2007

TRANFORMANDO PROVAÇÕES EM TRIUNFOS

TIAGO 1.1-4

1) Quem era Tiago
 Provavelmente, irmão de Jesus;
 Principal líder da igreja de Jerusalém;
 Morto apedrejado pelo império Romano devido à vida e liderança cristã.

2) Características da carta de Tiago:
 A carta de Tiago é considerada o livro de Provérbios do NT, devido à ênfase em questões práticas da vivência cristã;
 Tiago escreve sobre a vida cristã, dividindo seu texto em três tópicos: nova vida, crescimento espiritual e maturidade cristã;
 A preocupação de Tiago era que a Igreja praticasse aquilo que tanto pregava (nada muito diferente dos dias atuais).

3) Por que Tiago escreve sua carta
 Eles estavam passando por duras provações;
 Estavam sendo tentados a pecar;
 Estavam sendo humilhados e roubados pelos mais ricos;
 Não estavam vivendo o que pregavam;
 Estavam se afastando do Senhor;
 Estavam em guerra uns com os outros.

Devidos a estes problemas, Tiago escreve sobre todo percurso da vida cristã, para que seus ouvintes entendessem a realidade da nova vida em Cristo.
De início, Tiago discorre sobre a nova vida:



 1.1 – De incrédulo a servo de Cristo:
o Tiago, como seus outros irmãos não acreditaram primeiramente em Jesus (Jo. 7.5);
o Após a ressurreição, Jesus aparece a Tiago (1 Co. 15.7). Este se converte e se torna líder da Igreja Primitiva, chamado por Paulo de “Coluna da Igreja” (Gl. 1.19), líder do Concílio de Jerusalém (At. 15).
o De incrédulo a crente; de crente a líder; de líder a servo de Cristo.
 Ele se apresenta como servo (escravo – doulos, obediente, humilde e leal).
o Ele se transforma em um homem humilde de espírito (esta é a ação do Evangelho na vida do Crente).
 Charles Spurgeon – Deus não deseja nada de nós, exceto nossas próprias necessidades.
 Não é o que temos, mas o que não temos que nos aproxima de Deus.

 1.1 - Somos um novo homem, mais não isentos de aflições (... às doze tribos que se encontram na Dispersão...). Relacionar o texto às doze tribos fala:
o Cristãos que viviam em todo império romano e eram perseguidos pelo império;
o Crentes perseguidos, pobres, roubados pelo império, oprimidos pelos ricos, sofredores.
o Vida cristã não é um campo de flores, mas um campo de batalha;
o Nós não somos poupados dos problemas, mas livres nos problemas;

Assim, precisamos aprender como transformar as adversidades da vida em trampolim para vitórias.


 1.2-4 – Transformando tribulações em triunfos:
o Tiago nos ensina quatro verdades sobre as provações:
 As provações são compatíveis com a vida cristã (v. 2)
• Deus nos adverte a esperar pelas provações:
o Jo. 16.33 – no mundo tereis aflições;
o At.14.22 – por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus;
o 2 Tm. 3.12 - Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.
• Somos peregrinos neste mundo. Por isso, as adversidades são instrumentos de aperfeiçoamento da vida cristã.
• As adversidades vêm devido a escolhas erradas.
• As adversidades vêm porque somos cristãos.
• As adversidades vêm para manifestação da glória de Deus.
 As provações são variadas (v. 2)
• Existem vários tipos de provações (palavra no original se refere a múltiplas cores)
• Da mesma forma, a graça de Deus também é variada: (2 Pe 4.10 - Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas [NVI]).
o A mesma palavra no original usada para “diversas provações” é também usada para múltipla graça de Deus.
o A graça de Deus é do tamanho das nossas dificuldades.
 As provações são passageiras (v. 2)
• As provas não duram a vida inteira;
• Não devemos ficar parados nas dificuldades, elas existem para serem vencidas por nós.
 As provações são pedagógicas (vs. 3-4).
• Nas provações da vida, nossa fé é testada para mostrar sua genuinidade.
• Fé neste texto está relacionada a FIDELIDADE para com o Evangelho.
• Deus nos prova para produzir o melhor em nós.
• A perseverança é fruto das adversidades da vida.
o 2 Co 4.17 - Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação.
• A perseverança é um sinal da maturidade cristã, conforme Rm. 5.3-5 - E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.

 O que fazer então
o Manifestar alegria (v. 2)
 Alegria é a manifestação da plena confiança de que o que estamos passando vem de Deus, é passageiro, e nos transformará em pessoas melhores.
 Nosso desafio é usar as dificuldades como esteio de nossas vitórias.

Vocação, Espiritualidade e Chamado: Princípios de uma vida cristã equilibrada

Texto: Jr. 1:4-10

Jeremias teve um ministério totalmente diferente de tudo aquilo que pensamos ser um ministério profícuo.
Jeremias, filho de sacerdote, ministrou durante mais de 20 anos profecias sobre Israel, e não foi ouvido.
Passou por todo tipo de perseguição possível e imaginável, mas nunca desistiu de seu propósito: Proferir os oráculos de Deus ao povo de Judá.
Passa sempre pela minha cabeça o que levava Jeremias a não desistir. Ele pregava, falava e o povo não ouvia. O que motivou Jeremias a profetizar por mais de 20 anos sem fraquejar? O povo não se arrependeu. Então o ministério de Jeremias falhou? Se falhou, por que Jeremias não desistiu?
A partir deste texto da chamada de Jeremias, podemos entender quais eram as bases que equilibravam a vida de Jeremias.

1) Vocação: Chamado( v. 5) - Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações.
O primeiro grande segredo de Jeremias era que ele tinha plena consciência de seu chamado.
Ele poderia não ter aceitado ser profeta, e seguido à linhagem sacerdotal de sua família, tendo todas as benécias que os sacerdotes tinham naquela época.
Mas não. Ele abdicou de tudo para seguir ao chamado do Senhor.
Somente uma consciência total do chamado que dá forças ao Cristão para enfrentar quaisquer tipos de problemas que possam afetar sua vida.
Jeremias sabia que tinha sido chamado a servir ás nações. Assim sendo, ele deixou tudo para trás, não olhou as circunstâncias, e partiu a cumprir a vontade de Deus, não importando as conseqüências que essas escolhas trariam.
Somente quando o Cristão tem certeza de seu chamado ele consegue enfrentar de frente as adversidades da vida.

2) Espiritualidade (v.8): Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo", diz o SENHOR.
O segundo conceito que chama a atenção na vida de Jeremias era o seu relacionamento com Deus.
Por piores que fossem as situações pelas quais ele passava, Jeremias dá sempre a entender que tinha Consciência da permanência da Presença de Deus consigo.
Sempre em diálogo com Deus, Jeremias só suportou tudo porque sabia que Deus estava com ele.
Quando Deus nos chama, ele sempre está conosco. Não é necessário arrepio, manifestações sobrenatural para enxergarmos a presença de Deus conosco. O próprio Cristo disse: “... E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mt. 28:20b).
Se Cristo disse que estaria conosco, ele está. E se ele está, isto faz toda a diferença, como fez na vida de Jeremias.
A certeza da presença constante do Todo-Poderoso em nossa caminhada faz com que nada nos impeça de cumprir seus propósitos, pois a garantia de vitória é certa.
Foi esta certeza da presença de Deus que fez com que Jeremias enfrentasse açoites, perseguições, tentativa de assassinato dentro da própria família, cisternas, dentre outras lutas, com a expectativa do livramento e conseqüente vitória, pois aquele que era maior do que tudo e todos estava com ele.

3) Missão (v. 9,10): O SENHOR estendeu a mão, tocou a minha boca e disse-me: "Agora ponho em sua boca as minhas palavras. Veja! Eu hoje dou a você autoridade sobre nações e reinos, para arrancar, despedaçar, arruinar e destruir; para edificar e plantar".

Após a plena certeza do chamado e presença do Senhor, Jeremias sabia que Deuso chamada para algo.
Não somos chamados simplesmente para estarmos na igreja. Não somos chamados só para receber. Somos primeiramente chamados a dar de nós mesmos aos outros.
Jeremias, como profeta, encarnava em sua vida a mensagem de Deus. Deixou família, amigos, futura esposa, sonhos, para cumprir o chamado de Deus. Deu sua vida como mensagem viva ao povo de Judá.
E não só isto. Analisando a que Deus chamou Jeremias, encontramos um conceito importantíssimo para nossa caminhada cristã.
Deus chama Jeremias a: arrancar, despedaçar, arruinar e destruir; para edificar e plantar. Quatro verbos negativos e dois positivos.
A grande missão nos dias de hoje é derribar tudo aquilo que foi construído de errado na vida de muitos, e edificar e plantar sementes que produzam frutos eternos.
Destruir é até fácil. Muitos fazem isto. O difícil é edificar e plantar. E como Deus comissionou Jeremias a esta obra, destruir tudo e plantar uma nova semente, Deus nos chama hoje, homens e mulheres conscientes do chamado e presença de Deus para destruirmos tudo aquilo que o mundo, o diabo, os sistemas sociais tem implantado de negativo nas pessoas, e para edificarmos e plantarmos a verdadeira mensagem de Cristo, uma semente que produz frutos eternos, nas vidas tão carentes que permeiam nossa sociedade.

Assim, Deus nos dá a oportunidade de participarmos de seu projeto à humanidade.
Mas, para isso acontecer, a primeira coisa que precisamos saber é sobre o nosso chamado.
A partir daí, nutrir uma verdadeira espiritualidade para podermos cumprir a Missão de Deus em nós.
Não será nada fácil, mas com certeza, gratificante.
Por que não começarmos hoje?

SABEDORIA, FÉ E PETIÇÃO

“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma. Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar...”
Tiago 1:2-6a

Como filho de Pastor que sou, sempre tenho em mente a busca dos propósitos de Deus para minha vida. Creio que com todos nós acontece a mesma coisa. Mas, volta e outra, sempre me encontro em situações difíceis, lutas, tribulações. Nestes momentos, este texto de Tiago tem me ajudado muito. O grande lance da vida cristã é tirar proveito de todas as situações à nossa volta. Tiago entendia isto muito bem, por isso pôde escrever de maneira tão objetiva sobre as lutas e provações.
Tiago diz que as lutas são propósitos de Deus na vida do Crente para seu crescimento e amadurecimento. Creio que nós, como filhos de pastores e líderes sabemos bem o que são as lutas. Por isso, creio que o texto de Tiago pode-nos ser útil na medida que entendamos o propósito de Deus em cada tribulação pela qual passamos.
Três palavras-chave me chamam a atenção: Sabedoria, fé e petição. Tiago, em meio ao seu discurso sobre provações, ordena-nos a pedir por sabedoria, com fé. Então, para entender bem o texto, devemos fazer três questionamentos para alcançarmos o conceito de perseverança que Tiago diz. Então, vamos ao primeiro: “O que é Sabedoria?”
A sabedoria no meio em que Tiago vivia, tinha um conceito diferente do que é às vezes hoje entendido, que está mais ligada ao conhecimento, estudos. A sabedoria que Tiago vai colocar aqui é "aquilo que capacita o justo a perseverar nas provas". Provérbios 4:7 diz assim: " O conselho da sabedoria é: Procure obter sabedoria; use tudo o que você possui para adquirir entendimento".
Que tipo de sabedoria está na mente de Tiago quando ele fala a respeito de adquirir, que tipo de sabedoria ele tem em mente?
No mundo hebreu, a busca da sabedoria não estava em especular sobre conhecimentos universais ou naturais (como os filósofos gregos) porque o pensamento dos hebreus nunca foi especulativo nesse sentido, sempre foi moral. Eles criam num Deus pessoal que se manifestava aos homens mostrando seu querer. Descobri um conceito muito bom de sabedoria em um livro que eu li e que está escrito assim: "A percepção da vontade de Deus e do modo pela qual ela deve ser aplicada na vida é conferida a sabedoria". Então sabedoria "é a percepção da vontade de Deus e o modo pela qual ela ( a vontade de Deus) deve ser aplicada na vida". É esse tipo de sabedoria que Tiago tem em mente.
Bem, após esta primeira questão resolvida, vamos a Segunda: “o que é fé?”
Automaticamente, ligamos fé à crença, à crer, ou até usamos textos bíblicos, como Hebreus 11:1 – “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”. Só que, biblicamente, o conceito de fé é muito maior que uma simples crença, que qualquer um pode ter.
A história cristã relata que a Reforma protestante tomou forma com Lutero a partir de um pequeno trecho do livro de Romanos que ele estudava (Rm. 1:17 – “Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé , como está escrito: "O justo viverá pela fé"). Esta fé, que Paulo fala e impactou Lutero seria apenas um estilo de vida crendo? Não, o termo bíblico fé vai além , não é simplesmente crença, mais fidelidade. O Justo viveria pela sua fidelidade. Fidelidade fala de compromisso, de vida com Deus.
Tiago então, fala que aquele que quer ter sabedoria, peça a Deus com fidelidade de vida. Para sermos filhos de pastores e líderes sábios, devemos Ter fidelidade para com Deus, uma vida na presença de Deus. Para alcançarmos essa percepção da vontade de Deus, é necessário “relacionamento com Deus”.
E como alcançamos este relacionamento? Através de dois caminhos: Bíblia, e oração (petição).
Rm. 10:17 – “Consequentemente, a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo.” A fidelidade, o relacionamento com Cristo só vem pelo ouvir a Palavra de Deus. Quando se fala de ouvir, não é simplesmente escutar sermões, mas praticá-los ( em Hebraico, ouvir –Shemá- significa escutar e praticar). A sabedoria só vem através da prática de vida cristã, vem como um passe de mágica, mas só seremos pessoas sábias a partir do momento que praticarmos os ensinamentos de Cristo.
Petição: Um dos ensinos de Cristo é o relativo a Oração. A Oração é o elo mais profundo de ligação entre o homem e o Criador. É o momento do diálogo, aonde nos revelamos a Deus e Ele se revela a nós. A vida de oração deve ser uma constante em nós, pois, o próprio Apóstolo Paulo adverte, na primeira carta aos Tessalonicenses 5:17 - “Orem continuamente”.
Nós, como filhos de pastores e líderes devemos ter em nossa mente que Deus tem um plano especial para nós. Por isso mesmo, ele irá nos provar, para que, a medida em que vençamos as adversidades, possamos adquirir maturidade e experiência, vivência e relacionamento com Deus, para que possamos administrar de maneira sábia a vida que Deus tem para nós.

PODER E AUTORIDADE

PODER & AUTORIDADE

“Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei.”

Mt. 7:28,29

Chegando à sua cidade, começou a ensinar o povo na sinagoga. Todos ficaram admirados e perguntavam: "De onde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos?”.
Mt 13:54


Poder e autoridade são dois termos desejados e muitas vezes não entendidos que permeiam toda a Bíblia.
Quantos de nós desejamos poder? Quantos de nós desejam autoridade?
Mas será que realmente sabemos o que é autoridade e o que é poder?
A partir deste problema, estudaremos um pouco sobre o conceito de autoridade e poder que se pode retirar das Escrituras.

1) PODER

1.1) O que é poder?
No dicionário, poder significa: Dispor de força; possuir força física ou moral; ter possibilidade; ter a faculdade (Direito concedido).
No fundo, poder significa: “a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazer”.

1.2) Qualidades do Poder
- O poderoso manda; o menos poderoso obedece;
- O poder está vinculado a uma posição superior;
- O poder está condicionado a uma força maior.
- O poder é repreensivo: dá ordens e corrige os desobedientes.
- O poder pode ser vendido, comprado;
- O poder é passageiro

1.3) O que é necessário para se ter poder?
- Força;
- Direito concedido (outros concedem).


2) AUTORIDADE

1.1) O que é autoridade?
Dicionário: Influência, prestígio, pessoa que tem grande competência em um assunto.
Resumindo, autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal.

1.2) Características da autoridade
- habilidade: jeito, destreza, capacidade, conhecimento técnico.
A autoridade pode ser aprendida, pois se faz de conhecimento.
- influência: crédito, prestígio.
- diz respeito a quem você é, caráter;


1.3) O que é necessário para se ter autoridade?
- relacionamentos: convivência, amizade, conhecimento recíproco das pessoas.

3) A IMPORTÃNCIA DOS RELACIONAMENTOS

A autoridade prima pelos relacionamentos. Só existe autoridade aonde existem relacionamentos genuínos.
Em contrapartida, o poder corrói os relacionamentos, na medida que a imposição gera rebelião (Ex: filhos adolescentes).
Os relacionamentos devem se pautar a partir das seguintes características:
- Honestidade,
- Confiabilidade,
- Bom exemplo,
- Cuidado,
- compromisso
- Amor,
- Respeito,
- Lealdade.

Estas características são comportamentos, e comportamentos são escolhas.
Então o desafio para quem quer ter autoridade é escolher as coisas certas e se esforçar para alcança-las.
Isto requer mudança de hábito, e não existe pessoa melhor para nos espelharmos do que Cristo.

4) CRISTO TINHA PODER E AUTORIDADE

4.1) De onde vinha o poder de Cristo?
- Do pai (Mt. 24:30 – “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”.)


4.2) De onde deve vir o nosso poder?
- De Cristo (Cl. 2:10 – “-e, por estarem nele, que é o Cabeça de todo poder e autoridade, vocês receberam a plenitude.”)
- Do espírito Santo: (“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”.)

4.3) De onde vinha a autoridade de Cristo?
- Do Pai – (“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra”.)
- De sua vida (Hb. 4:15 – “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.)

4.4) De onde vem nossa autoridade?
- De Cristo (Mc. 16:19 - “Eis que vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada vos fará dano algum.”).
- De nosso comportamento na comunidade:
• Mt. 20:26-27 - “Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo”.
• Mt. 12:50 – “Pois qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe”.

5) CONCLUSÃO: PARA QUE PODER E AUTORIDADE?

- Para influenciar o mundo: Mt. 28:18-20 - “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.
- Para influenciar os irmãos: Mc. 10:43-45 – “Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos”.

O NOME DE DEUS

Texto Bíblico: Ex. 3.1-22

• Moisés com seu sogro Jetro;
• Vai apascentar rebanhos nos Sinai (Horebe) – Sinai significa rochedo ; Horebe significa seco, deserto.
• O Sinai é formado por uma cadeia de rochas altíssimas, que criam grandes vales entre as montanhas. Assim, qualquer barulhinho ecoava e formava altíssimos sons. Os antigos diziam que estes sons eram de deuses caídos que estavam presos entres as rochas do Sinai.
• Estes deuses, diziam eles, se manifestavam através do fogo, entre os vales e nas cavernas.
• Naquela região, existiam pequenos ribeiros chamados wadis, rios sazonais, que apareciam na época das águas e desapareciam na seca.
• Assim, pequenos arbustos cresciam à beira desses rios e secaram com sua seca. Devido ao forte calor, estes arbustos secos se queimavam.
• Por isso, quando Moisés vê o arbusto queimando, não se assusta. O que deixa intrigado é que o mesmo não se consumia.
• Quando ouviu a voz, não temeu, devido à crença da manifestação de deuses naquela região.
• Moisés só cai em si quando ouve a voz falar de seus antepassados. Nesta hora, Moisés entende que falava alguém importante.
• Deus se revela através de seu nome.

1) O nome demonstra a essência

“Entre os povos primitivos e do antigo oriente, o nome denota a essência de algo: chamar algo pelo nome é conhecê-lo e, por conseguinte, possuir poder sobre ele”.
A essência total da pessoa concentrava-se em seu nome.
O nome de um deus no mundo antigo encerrava poder e podia ser perigoso ou beneficente. Assim, era importante conhecer o nome do deus.


2) A invocação do nome

No AT, era necessário invocar o nome de Javé para aproximar-se dele (Sl. 3.1; 6.1; 7.1; 8.1; 12.1). No próprio NT, a invocação do nome era importante, como Cristo ensinou aos seus discípulos: “Pai nosso [...] santificado seja o teu nome (Mt. 6.9).
Quando Deus tomou a iniciativa de revelar-se, começou pronunciando o próprio nome: “Eu sou Javé” (Ex. 6.2 – “Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o Senhor”; 20.1; 34.5-6 Gn. 35.11;).
Israel considerava o nome de Javé santo e insistia que ele não devia ser profanado (Lv. 22.2 – “Dize a Arão e aos seus filhos que se abstenham das coisas sagradas, dedicadas a mim pelos filhos de Israel, para que não profanem o meu santo nome. Eu sou o Senhor.”)
O nome de Javé substituía o próprio Deus, representando toda sua presença santa.

3) Significado e a importância do nome do Deus de Israel

O nome Javé parece vir de um verbo hebraico, hayah, ser, tornar-se. Assim temos algumas explicações para o nome de Deus:
• Eu sou;
• Aquele que é;
• Aquele que está;
• “Eu sou aquele que está para vós – presente de modo real e verdadeiro, pronto para ajudar e agir” .

A partir daí, pode-se entender que Javé estava dando segurança a Moisés ao afirmar “Estou contigo”. Pela revelação de seu nome, Javé (Eu Sou, ou Eu Serei) Deus estava prometendo sua presença a Moisés. Deus estaria com ele. Na grande comissão, Jesus prometeu estar com os discípulos sempre, até o fim dos tempos (Mt. 28.20).
Is. 7:14 – Imanu – El (Deus conosco; Deus junto de; Deus acompanhado a).
O propósito aqui é de Deus revelar a sua ação, nem tanto a sua essência, que não ficava presa ao seu título, mas aos seus atos.

4) O nome de Deus e sua presença

O nome de Deus representa sua essência, presença e poder. Talvez essa seja o motivo pelo qual o nome Javé ocorre com tanta freqüência (cerca de 6.700 vezes) no AT, enquanto Elohim ocorre 2.500 vezes.
Javé era o nome a ser cultuado.

5) Conclusão

A revelar seu nome a Moisés, e por sua vez a Israel, Deus escolhe ser descrito como “individuo”. Javé é pessoal, relaciona-se ao passado, presente e futuro.

• Deus, mostrando seu nome, deixa de ser um conceito e passa a ser alguém que anda com o homem;
• Ele está ao nosso lado.
• Como hoje poderíamos chamar o Deus que conhecemos?

O AMOR COMO COMPORTAMENTO CRISTÃO

1° Co. 13:4-8.

(NVI) O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha.

Para iniciar este sermão, far-se-á uma breve definição da palavra amor neste texto.

Várias palavras são usadas no grego para descrever o amor: Eros (desejo ardente, paixão), phileo (fraternidade, amor recíproco), storgé (afeição).
Mas neste texto bíblico a palavra usada é Ágape (amor incondicional, não exige nada em troca, baseado no comportamento com os outros).
A partir da definição do texto lido, procuremos entender mais sobre o amor.

A partir destes textos bíblicos, pode-se tirar algumas palavras como características do amor:
• Paciência;
• Bondade;
• Humildade;
• Respeito;
• Abnegação;
• Perdão;
• Honestidade;
• Compromisso.

Todos estes conceitos são comportamentos e não sentimentos. Analisemos todos individualmente:

1) Paciência: Mostrar autocontrole.

2) Bondade: dar atenção, apreciação, incentivo.
- Não é ouvir seletivamente, com pré-julgamentos, mas ouvir e analisar a fala a partir da perspectiva do falante e não do ouvinte.
- Pesquisas comprovam que uma pessoa gasta 65% de seu tempo ouvindo, 20% falando, 9% lendo e 6% escrevendo.
- Prestar atenção às pessoas é uma necessidade humana legítima.
- Valorizar as coisas boas que as pessoas fazem. Receber elogios é uma necessidade humana. Mas, o elogio deve ser sincero e específico.

3) Humildade: ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou arrogância.
- Ser humilde é ser real e autêntico com as pessoas e descartar as máscaras falsas.

4) Respeito: tratar as pessoas como se fossem importantes.
- Ter comportamentos positivos com todos, não importando seu status social.

5) Abnegação: satisfazer as necessidades dos outros.
- O oposto da abnegação é o egoísmo;
- Satisfazer as necessidades dos outros, mesmo que isso implique em sacrificar a si mesmo.
- Lembre-se: satisfazer as necessidades e não as vontades.

6) Perdão: Desistir de ressentimento quando enganado.
- As pessoas não são perfeitas e de uma maneira ou de outra agredirão você.
- Perdoar é lidar de modo afirmativo com as situações que aparecem e depois desapegar-se de qualquer resquício de ressentimento.
- Ressentimento consome sua energia e te torna ineficiente.

7) Honestidade: Livre de engano.
- Isento de engano e dedicado a verdade a todo custo.

8) Compromisso: ater-se(sustentar) as suas escolhas.
- Comprometer-se com os compromissos feitos na vida.
- Existe uma diferença entre envolvimento e comprometimento (Ex.: Ovos c/ Bacon).
- O verdadeiro compromisso envolve o crescimento do indivíduo e do grupo, junto com o aperfeiçoamento constante.

Concluindo, amar não é como você se sente em relação aos outros, mas como se comporta em relação aos outros.

Baseado no livro HUNTER, J.C.O monge e o Executivo:Uma história sobre a essência da liderança. 14ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. 139p.

A VERDADEIRA BÊNÇÃO DE DEUS

TEXTO BASE: Nm. 6:22-27
“Disse o SENHOR a Moisés: Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel e dir-lhes-eis: O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a paz. Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei.”


Todos buscam bênçãos! Esta premissa é verdadeira, na medida em que em todos os templos de nosso país vemos homens e mulheres, de todas as idades, classes sociais, indistintamente, clamando a Deus por uma resposta a suas aflições.
Problemas mais diversos são apresentados a Deus em busca de uma solução. Muitas vezes, a resposta vem. Outras, não. Por isso, muitos se perguntam: O que, verdadeiramente é a bênção de Deus?
Este texto, que é conhecido por muitos, relata sobre a bênção sacerdotal, dada por Deus a Moisés, para ser aplicada a todo o povo de Israel. Ela é diferente de tudo aquilo que nesses se entende por bênção.
Por isso, faz-se necessário entender este conceito bíblico de bênção e seus efeitos nos tempos modernos, a partir deste texto bíblico.

1) Que o Senhor te abençoe e te guarde (v. 24):
O primeiro conceito que se pode extrair deste texto é que Deus é a fonte de todas as bênçãos. Ele é o abençoador. É ele que suprirá todas as necessidades humanas.
Analisando o termo abençoar, encontra-se o seguinte: “dotar de poder para o sucesso; liberar para ser bem sucedido e próspero”. Quando se é abençoado por Deus, recebe-se a capacidade de se desenvolver na vida. Não é receber bênçãos gratuitas, mas a capacidade (física, emocional e espiritual) de alcançá-las.
Além de nos abençoar, o Senhor nos guarda. Ele cuida, zela nos observa na caminhada, além de dar a capacitação, ele nunca se afasta.

2) Faça resplandecer o seu rosto (v. 25a):
Encontram-se três conceitos neste trecho:
• Aprovação: o brilho do rosto pode significar estar alegre em relação a alguém. Em Ne. 8:10B diz: “a alegria do Senhor é a nossa força”. Um grande sinal de ser abençoado é conquistar a aprovação de Deus em sua vida.
• Proteção: pelos caminhos da vida, que são tenebrosos, faz-se necessária a iluminação de Deus aos nossos passos. Ele é o Sol da justiça, é a luz que dissipa as trevas.
• Expressão de Amor: face resplandecente também pode significar uma expressão de amor, na medida em que, o amor ilumina o homem. Assim, quando Deus resplandece sua face sobre o homem, demonstra o quanto Ele o ama, e por isso, concede ao indivíduo a resolução para todas as suas necessidades.

3) Tenha misericórdia sobre ti (v. 25b):
Misericórdia é equivalente à graça (favor imerecido). Em Deus, tem-se tudo aquilo que é necessário para a subsistência:
- coisas boas (Bênçãos): concessão de todas as coisas para realização plena do homem;
- coisas ruins (provações): dificuldades permitidas por Deus para o amadurecimento do homem frente à vida.
O maior benefício (graça) que Deus dá ao homem é o de aprender a viver a partir de sua experiência, através de seus erros e acertos.
Muitos não entendem o porquê das dificuldades. Mas, ao transcorrer de cada problema, o homem amadurece, cresce como indivíduo, mesmo que muitas vezes sem perceber.
Esta é a misericórdia de Deus: permitir e auxiliar no desenvolvimento integral do ser humano através de suas próprias experiências.

4) Levante o seu rosto (v. 26a):
Rosto aqui pode significar tanto a face de Deus quanto a presença de Deus.
Deus volta a sua face aos seus filhos para lhes fazer o bem. Isto mostra que Deus se importa com o bem do homem.
È Deus que se revela. Ele está sempre presente para aqueles que o buscam.

5) E te dê a paz (v. 26b):
A palavra bíblica neste texto para paz (Shalom, em hebraico) significa: ausência de discórdia, segurança, retidão, término, cumprimento.
A Paz de Deus é completa. Quando alguém recebe a paz de Deus, não precisa de mais nada.
A paz, entre os povos semíticos (do AT.), era declarada quando duas tribos ou nações acordavam, através de alianças, que não guerreariam entre si. A partir deste acordo de não-confronto, a paz estava alcançada.
Assim, paz era provisão de uma aliança. Por isso, só tem a genuína paz aqueles que possuem uma aliança com Deus.

6) Porão o meu nome sobre os filhos de Israel (v. 27a):
Nome naquela época não era apenas um título, significava presença, poder e bênção.
O cristão deve ser reconhecido como “Aquele que tem o nome de Deus”.
O nome era também a declaração do caráter do indivíduo. Por isso, aquele que tem o nome de Deus em sua vida é o indivíduo que possui o caráter de Deus em si.

7) E Eu os abençoarei (v. 27b):
Aquele que é:
- guardado por Deus;
- tem o brilho do rosto do Senhor sobre Ele;
- goza da paz divina;
- tem o nome do Senhor sobre Ele;
- Este sim é um abençoado, um agraciado por Deus.

8) E como alcançar estas bênçãos?
Se quisermos gozar das bênçãos dadas a Deus ao povo de Israel, devemos buscar uma ligação entre o povo de Israel e os outros povos.
Esta ligação é feita por Jesus Cristo, que veio a esta terra e cumpriu as promessas do Senhor, inclusive a que está em Gn. 12:3: “abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”.
Para se receber estas bênçãos, é necessário então, caminhar verdadeiramente com Cristo.

Então, por que não começar a ser abençoado agora?